domingo, 1 de junho de 2008

X ERA/NE - Encontro Regional de Agroecologia - Melhores Momentos

Melhores Momentos do X ERA

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Melhores Momentos


Aracaju marcando presença no ERA

Nos melhores momentos e nas fotos do encontro não é difícil encontra um rosto conhecido da agronomia UFS, pois a participação da delegação foi intensa e muito proveitosa para o grupo.
Quem foi?
De Sergipe foi representado por estudantes de Biologia, Engenharia Florestal, Engenharia Agronômica e dois convidados, um representante da juventude do MST (Marinho) e um produtor e estudante de Ecoturismo do CEFET (Arthur).
E a viagem de ida?
Como sempre a viagem de ida com a galera cheia de entusiasmo, interagindo, conhecendo caras novas, ansioso para o início do encontro, mas aconteceu um pequeno contratempo e o pneu do ônibus furou e ficamos na estrada umas 4 horas para concertar o “bichão”. Com muita paciência, aguardamos e por volta de 5 horas atrasado, e um pouco cansados, chegamos ao CECA – Centro de Ciências Agrárias na UFAL.
Quem tava por lá?
Estudantes de todos os cantos do Nordeste, da Bahia ao Ceará, estudantes de Biologia, Florestal, Agronomia, Agroecologia, de outros cursos como Geografia, Serviço Social e Técnico Agrícola; Produtores Rurais; representantes de Movimentos Sociais do Campo. Representando a Agronomia estavam presentes as escolas: Ilhéus – BA; Vitória da Conquista – BA; Cruz das Almas – BA; Juazeiro – BA; (A gente é claro) Aracaju – SE (Regional VIII da FEAB); Maceió – AL; Arapiraca – AL; Areias – PB; Mossoró – RN (Regional V da FEAB) e Fortaleza – CE.
Os painéis?
Os dois painéis principais foram bem proveitosos, o primeiro que falou um pouco dos desafios da agroecologia frente ao novo modelo de matriz energética, onde Romário (Coordenador do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores) mostrou uma comunidade bem sucedida de camponeses organizados no sul do país, em forma de cooperativa, praticando a Agroecologia, na produção de alimentos e de energia alternativa. Já o Havião (CPT – AL – Comissão Pastoral da Terra, ex-Feabento) colocou um pouco da crise em que vivemos, com a alta dos preços dos alimentos, a invasão de áreas que antes produzia alimentos pela Cana, Mamona, etc. Por fim ele deixa um ponto de reflexão para nós “O Brasil nunca foi pensado para servir os Brasileiros”. Em seguida partimos para vários grupos de discussões (GD) para debatermos o assunto em grupos menores, onde foi muito proveitoso e saíram várias propostas interessantes.
O Segundo painel, que falou um pouco de formação profissional em Agroecologia, onde Amaury (Pesquisador da EMBRAPA-SE e ex-Feabento também) explanou um pouco da pesquisa em agroecologia na Embrapa e pelas universidades espalhadas pelo Brasil. Em seguida nosso companheiro Rabanal (Agrônomo MST, ex-Feabento, ex-CALEA) esclareceu alguns pontos para nós, como a dificuldade de fazer a Agroecologia na Universidade e na Pesquisa; atentou para defasagem da extensão no país. A partir disso falou da Consciência Coletiva, NADA se muda sozinho.
Outro ponto tocado por Rabanal foi o Melhoramento Genético Participativo, onde o produtor participa ativamente do melhoramento genético daquela planta ou animal, indo a contraponto ao Melhoramento Genético direcionada aos Poderosos, como os transgênicos. Por fim, Foi aberto para debate, muito rico por sinal.
Na Mesa Redonda; Juventude, Movimento estudantil e Agroecologia; com a mesa composta por Russo (Coordenação Nacional – FEAB); Marta (Coordenação Nacional – ABEEF) e Romel (Agronomia UFAL, GAC). Abordaram a Individualidade da Juventude atual, e a despolitização, onde é aceito qualquer coisa que nos é imposta sem qualquer discussão ou resistência. A sociedade excludente em que vivemos, com alto padrão de consumo, onde apropriaram nossa cultura, impondo-nos uma cultura americanizada. Tendo o Movimento Estudantil como ferramenta de Luta, levando os grupos Agroecológicos também, para transformação da sociedade. Tendo uma relação com os movimentos sociais, para caminharmos juntos com o povo. “A cabeça pensa onde os pés pisam”.
O debate foi extenso e diversificado, abordando temas como processo de formação de grupos Agroecológicos, os desafios da agroecologia, luta de classes, alienação da juventude, transgênicos, dentre outros.
Já os painéis paralelos foram específicos, como Transposição do Rio São Francisco, Transgênicos, Etnocentrismo, Educação Popular e outros.
E o ATO? Como foi?
O Ato foi o momento em que os estudantes foram para rua dialogar com a população alagoana. No centro da cidade marchamos para mostrar nossa indignação com as coisas que vem se passando Brasil, mostramos nossa cara e fomos a luta contra a Transposição, contra o Monocultivo Assassino da Cana de Açúcar, contra os Transgênicos, contra a Criminalização dos Movimentos Sociais e dos povos indígenas, contra os altos preços da nossa Energia e dentre outras pautas.
E as Culturais?
Nas culturais dançamos, brincamos, conversamos, conhecemos gente nova, bebemos, beijamos. Teve forró e musica regional, mas ainda mostrou a contaminação da nossa cultura, mesmo sem perceber às vezes, com músicas eletrônicas (tutis-tutis-tutis) e o famoso Créu, infelizmente. Mas o importante foi a interação da galera desse nordestão todo.
E a volta?
A volta foi mais tranqüila, o povo tava cansado. Chegamos aqui na madrugada de Domingo para Segunda.

É isso ai gente, o ERA passou, foi muito bom, agora é trazer e fortalecer o debate de agroecologia para nossa universidade e mostrar alternativas a esse modelo explorador de produção que temos hoje.

(Erick Feitosa – CALEA – Regional VIII da FEAB)

2 comentários:

Anônimo disse...

Erick assim vc faz eu chorar!!

Faça assim não vá...rsrsrs



Thizah

Centro Acadêmico Livre de Engenharia Agronômica disse...

Ficou bonitinho mesmo!!! hehehe

Erick